quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Em busca da pessoa certa

Há tantos mitos e mentiras no mundo dos relacionamentos que não é difícil entender por que as pessoas têm sofrido tanto nessa área. Um desses mitosé a ideia da “pessoa certa”.

“Por que você ainda está solteiro?”
“Ah, eu ainda não encontrei a pessoa certa.”
Soa familiar?
A ideia de que só há uma pessoa nesse mundo que se encaixará perfeitamente com outra é a razão porque muitos continuam solteiros e outros tantos infelizes em seu casamento.
Solteiros sonham com a pessoa que preencherá todos os requisitos na lista que idealizaram.
Casados batalham com a dúvida em suas mentes se se casaram mesmo com a pessoa certa, já que vivem tantos problemas no relacionamento.
Essa ideia, porém, não é plausível nem matematicamente, nem logicamente, nem espiritualmente.
Matematicamente os números não batem. As estatísticas mostram que há mais mulheres solteiras do que homens. Se formos comparar o número de homens solteiros com o de mulheres solteiras nesse mundo, presumindo que o seu par está por aí em algum lugar, alguém vai ficar sozinho. Tipo dança das cadeiras.
Logicamente não faz sentido. Se uma jovem recém-casada perde o seu marido em um acidente e fica viúva, quer dizer que agora não adianta mais ela procurar ninguém para se casar no futuro porque a “pessoa certa”, a única no mundo que a faria feliz, já morreu?
Espiritualmente, não há base bíblica para isso. Se Eva era a “pessoa certa” para Adão, então Deus errou. O interessante é que quando Deus falou em criar a mulher, a descreveu como “uma auxiliadora que seja adequada” para o homem. Adequada, não “certa”.
O apóstolo Paulo ao falar sobre a mulher cristã que ficou viúva, disse que ela “fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor.” (1 Coríntios 7.39) Quer dizer, não somente ela tem uma segunda chance como também fica livre e responsável para fazer sua própria escolha — desde que a pessoa seja da mesma fé. Onde fica então a ideia da única pessoa certa no mundo e aquela fantasia de que Deus é quem escolhe a pessoa com quem você vai se casar?
A verdade é que nós somos responsáveis por nossas escolhas. Deus nos dá inteligência para identificar quem é adequado e quem não é para um relacionamento amoroso. E institui regras que regem um relacionamento feliz. Quebre-as, e não há pessoa certa nesse mundo que dará certo com você. A chave para um casamento feliz não é achar a pessoa certa; é fazer as coisas certas.
Faça o que é certo para achar uma pessoa adequada para você.
  • Cresça seu círculo de amizades
  • Escolha com sua cabeça e não com seu coração
  • Permita-se iniciar uma amizade
  • Se for bem, passe ao namoro com a intenção de conhecer melhor a outra pessoa (não para ir para a cama com ela)
  • Se ao conhecer tudo sobre a pessoa você vê que não será adequada para viver a vida toda com ela, desista o quanto antes, sem dó.
  • Se você vê as qualidades fundamentais que precisa, então passe para o noivado e casamento
Não é mágica. Não é sorte. Não é milagre. É atitude com inteligência.

P.S. É claro que se você leu o livro Casamento Blindado, você já sabia disso.
Publicado por: Bp Renato Cardoso

Solteiros: escolham-se

Você deve se lembrar dos tempos de escola, quando todos se reuniam no campo para formar uma equipe de esporte. Dois líderes de times começavam a escolher as equipes, alternando entre si. “Fulano, vem para cá,” dizia um. “Beltrano, vem para cá,” dizia o outro. E todos naquela expectativa de estar entre os escolhidos. É claro, os melhores jogadores eram escolhidos primeiro e os mais ruinzinhos ficavam por último. Às vezes, alguns nem eram escolhidos e tinham de ficar de fora esperando uma chance, caso alguém se machucasse.

Passado um tempo, os rejeitados não apareciam mais no campo. Arrumavam sempre uma desculpa ou outra coisa para fazer. A vergonha de ficar de fora e o sentimento de rejeição garantiam sua ausência.
É claro que, à primeira vista, eles não foram escolhidos. Mas na verdade, foram eles que não se escolheram. Se excluíram quando não se importaram o suficiente com aquele esporte. Se excluíram quando decidiram não treinar o mínimo necessário para não fazer feio em campo. Se excluíram quando não melhoraram o seu jogo. A culpa era totalmente deles. Afinal, era uma competição e não uma ação de caridade.
A vida também é assim. A vida é uma guerra, uma competição total, não uma instituição de caridade. Você não pode ficar esperando que as coisas sejam trazidas até você numa bandeja. Você tem que correr atrás, fazer por onde, ter méritos.
Todo mundo quer ser escolhido. Não só chamado, mas escolhido. Queremos ser apreciados na classe, no trabalho e na família. Solteiros querem ser escolhidos por alguém especial e se tornarem namorados — ter um relacionamento exclusivo com aquela pessoa. E finalmente se casar. “Ele(a) me escolheu”, é um dos melhores sentimentos que alguém pode ter.
Mas o que acontece com muita gente é que elas mesmas se excluem. Não entendem que nós somos os primeiros que temos de nos escolher. Se eu não me escolho, se eu não me acho digno ou capaz de alguma coisa boa, então por que alguém me escolheria?
Suas escolhas:
  1. Você pode deixar de aparecer em campo, não mais competir, não mais tentar porque cansou de ser ignorado.
  2. Ou você pode se escolher, melhorar o seu jogo, incluir-se e aprender com os que estão jogando melhor que você.
Infelizmente, muitos solteiros optaram pela primeira escolha. Vivem se excluindo mas culpando a A, B e Z por sua solidão.
Alguém disse: “80% do sucesso é comparecer.” Se comparecer, pode ser que por um tempo não será escolhido. Mas se você não comparecer, ninguém saberá que você existe, garantindo assim que você nunca será escolhido.
Escolha-se.
Publicado por: Bp Renato Cardoso